Michelle Bolsonaro rebate post por vacina: "Trabalhar que é bom? Nada"
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro criticou, nessa quinta-feira (4/5), uma campanha digital pela regularização de vacinas para brasileiros que viajam ao exterior, lançada pelo governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no dia da operação da Polícia Federal (PF) que apura um suposto esquema de fraudes em cartões de vacinação.
"Quando uma pessoa incomoda muita gente. Trabalhar que é bom? Nada", escreveu a ex-primeira-dama em postagem no Instagram, com uma figurinha de um bicho-preguiça e a música "Me esqueça", da dupla sertaneja Guilherme e Santiago.
Na quarta-feira (3/5), o tenente coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), e outros dois assessores do ex-presidente foram presos.
Também foram realizadas buscas na casa do ex-presidente da República em Brasília, ocasião em que o celular dele foi apreendido pelos agentes da PF. A suspeita é de que os cartões de vacinação de Bolsonaro e pessoas do entorno do ex-mandatário teriam sido falsificados.
Governo lançou campanha
Na noite de quarta, o perfil oficial no Instagram do governo brasileiro fez uma publicação na qual lembra que alguns países ainda exigem o protocolo de vacinação para que brasileiros possam visitar.
O post também pontua a importância de que todos se vacinem para a saúde pública: "Tomar vacina, gostoso demais", diz o texto, acompanhado por um desenho do Zé Gotinha em um avião.
Veja o post do governo e a reação de Michelle Bolsonaro:
Campanha regularização vacinas Michelle Bolsonaro 0Mais sobre o assunto
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Michelle, que hoje é a presidente nacional do PL Mulher, confirmou nesta semana que apenas ela tomou a vacina contra a Covid-19. Ela foi imunizada em viagem aos Estados Unidos, em setembro de 2021.
O ex-mandatário e a filha do casal, Laura, de 12 anos, não teriam sido vacinados. Desde o início da pandemia, Bolsonaro se posicionava contra a imunização e questionava a eficácia dos imunizantes.
Bolsonaro e filha Laura tiveram cartões de vacina contra Covid alterados
A operação
A Polícia Federal deflagrou a "Operação Venire", cujo nome deriva do princípio "Venire contra factum proprium", que significa "vir contra seus próprios atos", "ninguém pode comportar-se contra seus próprios atos". É um princípio-base do direito civil e do direito internacional que veda comportamentos contraditórios de uma pessoa.
Segundo a PF, os suspeitos da fraude inseriram dados falsos de vacinas contra a Covid-19 nos sistemas do Ministério da Saúde entre novembro de 2021 e dezembro de 2022.
O objetivo foi emitir certificados falsos de vacinação para pessoas que não tinham sido imunizadas e, dessa forma, permitir que elas pudessem viajar e acessar locais onde a imunização era obrigatória.
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